Apenas Uma Criança

Gente linda colorida! O texto de hoje é um texto sério, mas vale a pena conferir. Então Bora láaa!

Eu devia ter uns 10 anos quando tudo começou...
Pais separados, um mundo não muito normal na época. Críticas, julgamento a todo momento, perguntas de porquê são separados, de com quem moro eram constantes. Separação nunca foi uma coisa muito fácil, mas acredite, quem mais sofre é o filho.

 


Começa a ser usado , a ser manipulado feito marionete. Fica sem muita opção, sem poder opinar muito. Eu não pude opinar muito, eu não tinha muita opção. Eu era apenas uma criança...
O tempo foi passando, comecei a me acostumar. Não por querer, mas por não poder fazer diferente. Vontade de ter os pais juntos? Toda criança tem. Mas nem sempre é o que tem que ser.
Eu não podia resolver por eles, não me envolvia. Apenas ficava em meu canto, quieta, sendo feita de marionete. Eu estava perdida em meio ao mundo.
O homem no qual era meu pai, mal ajudava em meu sustento. Me perguntava como eu estava. Na verdade mal se importava, ou talvez só fingia se importar. Na verdade até hoje eu não sei... E mesmo assim tentou me por contra minha mãe que sempre me ajudou, que me educou como pode. E por pouco não fui.

 


Veio junto a separação definitiva, não contato dos pais e um pais totalmente ausente.! Imagine uma menina com  colegas de escola. Ela vem conversando com os colegas e avista um homem, não era qualquer homem, era seu pai. Ele olha nos olhos dela, porém quando ela abre a boca a boca pra cumprimentá-lo, ele simplesmente passa do seu lado como se ela não fosse ninguém... Sim, ele fez isso!
Como uma criança inocente, pesei que ele realmente não tinha me visto. Até que a cena se repetiu . Um ia rumo ao mercado municipal junto de minha mãe, vi ele em nossa frente, como uma criança que acabou de ganhar doce, me coloquei toda animada para chama-lo "Paaaai". Em resposta, uma virada para trás seguida de um olhar de desprezo, e então a volta do olhar para onde estava indo. Eu devia ter no máximo uns 13 anos.
Cansada de tentativas frustadas e de poucos momentos que resultavam em "encheção de saco", teve uma vez que consegui fugir dela, mesmo que por pouco tempo. 
Um domingo de sol em uma tarde com uma amiga passeado o avistei, a reação foi junta o útil ao agradável. Correr! Para ir ao banheiro público e para fugir a mais m momento desconfortável, mas não adiantou, gerou um momento pior! Junto a uma amiga ouvi "estava correndo de mim?, vai tomar no cu. Que se foda". Sim doeu, naquele momento me senti tão culpada pela situação. Mas eu era apenas uma menina de 14 anos.

 

Cada momento vivido contribuiu para o diagnostico: depressão.
A saída que vi? Nenhuma. Foi apenas continuar quieta, me acostumar a tudo. Até que um dia eu cansei e fui procurar ajuda. Não foi fácil, teve momentos que pensei em desistir de tudo, mas a vontade de realmente viver, não apenas existir foi maior. A fé em Deus foi maior que tudo, o apoio da minha família de meu amigos, foram meus grande apoios pra conseguir vencer. E é por isso que ainda estou aqui.
Eu quis estar, quis ser, acreditei que seria. Agora sou viva!

 

O blog entrou na luta! Setembro Amarelo, mês da conscientização contra o suicídio. Entre você também nessa campanha!!

Comentários

  1. Olá Carla!!!
    Meus pais são separados e desde dos meus dois anos tenho que conviver com a situação deles não se falarem de jeito nenhum, eu me lembro de muitas vezes ambos falarem que o culpado era um e outro pelo motivo da separação mas resolvi não me meter pois já que eles foram casados eles que sabem o motivo deles.
    É muito chato essa situação, pois você cresce vendo seus amigos com os pais juntos e os seus não, mas já me acostumei.
    A depressão pode ter inúmeras causas e uma delas pode ser essa de pais separados e de um dos pais não darem atenção para os seus filhos, fingir que eles não existem.
    Eu sou criada pela minha mãe e a convivência com meu pai não é muito fácil, pois divergimos sobre muitas coisas e muitas vezes acabamos brigando feio porém ele é meu pai sendo ele do jeito que é e eu do meu jeito.
    Eu adorei essa iniciativa de vocês e parabéns mesmo pelo o post :3

    lereliterario.blogspot.com

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    1. É uma situação infelizmente um pouco comum nos dias de hoje. Mas nada justifica a ausência de amor e carinho dos pais para com o filho e vice versa.
      Vamos lutar para reverter o numero de quadros depressivos que possuímos atualmente! Entramos na campanha para isso: Dizer sim a vida!
      Obrigada pelo elogio :D

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